Essa é a atividade mais antiga praticada pela humanidade. Consiste na coleta de produtos naturais de origem animal, vegetal e mineral, que podem ser consumidos in natura ou são utilizados como matéria-prima nas indústrias de transformação. A atividade extrativista, quando realizada de forma clandestina e indiscriminada, causa grandes danos à natureza, podendo até levar à extinção de determinadas espécies vegetais e animais, como a extração indiscriminada da madeira.
Extrativismo animal: a pesca no litoral paulista é praticada desde a colonização, por volta do século XVI. Uma pequena parcela de caiçaras ainda pratica a pesca de forma artesanal, e esses extrativistas da pesca, atualmente, estão recebendo orientação e apoio logístico do Instituto de Pesca, para se organizarem de forma a buscar maneiras de aproveitar melhor sua produção. Em Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba e Ilhabela existem pelo menos 67 fazendas de cultivo de mariscos de propriedade de pescadores, cujo objetivo é fixar o pescador em seu local de origem e praticar a atividade extrativa de forma sustentável.
Extrativismo vegetal: por vários séculos o extrativismo da mata nativa concentrou-se na extração da madeira, que foi realizada de forma indiscriminada no passado, mas que atualmente obedece às normas da legislação.
Hoje, as áreas de reflorestamento aumentaram consideravelmente no estado. O extrativismo da madeira em tora e da lenha tem sido feito em áreas reflorestadas. A madeira em tora é utilizada na confecção de móveis, papel, celulose e artefatos diversos, enquanto a lenha obtida de resíduos de serrarias é utilizada no consumo doméstico, pizzarias, etc.
Extrativismo mineral: com o desenvolvimento, a mineração passou a ser uma atividade extrativista que se utiliza da tecnologia e tem produção em larga escala, por isso é considerada uma atividade industrial.
A mineração está atrelada à pujança nas construções das autoestradas, das edificações, dos núcleos urbanos, pois antes da exploração de minérios no próprio estado, importava-se quase tudo, cimento, ferro, cerâmica, e assim as obras levavam muito tempo para ficarem prontas.
Com o início da industrialização, fábricas começaram a surgir por toda parte da capital e o comércio prosperou, sendo necessário produzir os materiais para as construções, como fábricas de cimento. O município de Votorantim, por exemplo, destaca-se pela exploração de calcário para o fabrico do cimento em Santa Helena – maior mina subterrânea de calcário da América Latina. O estado é o 2.o produtor nacional de cimento. O calcário também é utilizado na agricultura para correção da acidez do solo.
As antigas pedreiras foram modernizadas e passaram a produzir pedra britada, como as extrações de Embu e Cantareira. Além disso, o estado conta com a extração de areia dos rios para construção, e produção de areia industrial utilizada na fabricação de vidros nos municípios de Descalvado e Analândia.
No município de Cajati há extração de apatita, mineral do qual é produzido o fosfato que entra na composição de fertilizantes químicos para as lavouras, e muitos outros minerais não metálicos que entram na composição dos produtos cerâmicos.
A extração do petróleo também é uma atividade que se utiliza da tecnologia para retirar o mineral tanto do subsolo como do fundo do mar. São Paulo já explora o mineral, e recentemente entrou em atividade mais uma base de produção na Bacia de Santos (litoral), que deve chegar a 2020 com uma produção superior a 2 milhões de barris por dia – volume maior do que o produzido hoje no país.
Bacia de Santos (litoral)
Município de Cajati há Extração de Apatita
Município de Cajati há Extração de Apatita – Imagem em Alta Resolução
Santa Helena – maior mina subterrânea de calcário da América Latina
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By Sanderlei Silveira
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